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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 325 milhões de pessoas são portadoras do vírus da hepatite B ou C em todo o mundo e mais de 1 milhão de pessoas morrem anualmente por conta da doença. Apenas 9% das pessoas que possuem o vírus da hepatite B sabem que convivem com a doença. No caso da Hepatite C, o número é um pouco maior, 20% das pessoas têm esse conhecimento.

O que é hepatite?

Uma hepatite é uma doença degenerativa do fígado que tem diversas causas. As mais frequentes são pelas infecções por vírus e pelo abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios).

Transmissão da hepatite

As hepatites virais mais frequentes são causadas pelos vírus A, B, C e E. A principal via de contágio do vírus da hepatite A é a fecal-oral que tem seu mecanismo de transmissão ligado a condições de saneamento básico, higiene pessoal, água e alimentos contaminados. A transmissão do vírus da hepatite B (HBV) se faz por via parenteral (transfusão sanguínea), compartilhamento de objetos contaminados (agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas de dente, alicates de manicure), utensílios para colocação de piercing, confecção de tatuagens e outros instrumentos usados para uso de drogas injetáveis e inaláveis, e, sobretudo, pela via sexual, sendo considerada uma doença sexualmente transmissível. As Hepatites B e D são transmitidas principalmente por via sexual.

A hepatite C também é transmitida pelos mesmos mecanismos de infecção das hepatites B e D. No caso da hepatite C, pessoas que receberam transfusões de sangue ou fizeram cirurgias antes de 1993 tem um risco maior, pois não havia ainda triagem em bancos de sangue.

Existe vacina para a hepatite?

Até o momento não há vacinas para as hepatites C e E, mas as existentes para as do tipo A e B são eficazes.

Exame laboratorial para detectar hepatite

Atualmente temos à disposição testes sensíveis e específicos que detectam a presença do vírus e ajudam a acompanhar a evolução dessa doença que ataca o fígado, existem também tratamentos antivirais altamente eficazes para as hepatites B e C, que frequentemente evoluem para a remissão da doença, em muitos casos, em particular para a hepatite C. O tratamento evita que a doença evolua para formas crônicas graves, por isso a importância do diagnóstico precoce e início imediato do tratamento.

Cuidados para a prevenção da hepatite

Além dos testes laboratoriais é importante ter alguns cuidados para prevenir a doença:

• Existem vacinas para hepatites A e B que já fazem parte do esquema vacinal brasileiro. Pessoas que não tomaram estas vacinas quando crianças devem receber vacinas específicas para evitar a doença;
• Cuidados com relações sexuais devem ser adotados, em especial o uso de preservativos;
• Profissionais da saúde e pessoas nascidas até a década de 60, que fizeram cirurgias até 1993 ou que tiveram mais de um parceiro sexual sem preservativo, devem fazer exames para hepatites B e C;
• A vacina contra a o tipo A é especialmente recomendada para pacientes que vão fazer viagens para regiões endêmicas.